visões de mundo


Já publiquei aqui um texto sobre os artistas que são cristãos e não ficam divulgando isso pros quatro cantos. Volto um pouco nesse assunto e em outro já tratado aqui anteriormente: o pensamento de Agostinho.

Finalmente estou lendo o livro Confissões e tenho lido ali uma das pessoas com quem mais me identifiquei na vida. Não que eu esteja me comparando com o bispo de Hipona, eu sei que não sou o único a sentir isso, porém o fato de Agostinho pensar sempre de uma forma humilde e consciente sem deixar de ser apaixonado me faz identificar ali muitas das minhas angústias e dilemas.

No capítulo IV do Livro Terceiro Agostinho critica o pensamento de Hortênsio de Cícero, um pensador de sua época e mostra como a leitura de um diálogo do pensador colaborou para que ele mudasse o objeto de seus anseios, fazendo-o aproximar de Deus.
Ele ficou realmente apaixonado (o ardor) pela sabedoria de Hortênsio e aquelas palavras mexeram com Agostinho. Dizia que as palavras do pensador o levavam à verdadeira Sabedoria, não a esta religião ou àquela seita. Ele só levanta um porém, o qual transcrevo aqui:

Só uma coisa me arrefecia tão grande ardor: não ver ali o nome de Cristo. Porque este nome, Senhor, este nome de meu Salvador, teu Filho, por tua misericórdia eu o bebera piedosamente com o leite materno, e o considerava, no mais profundo de meu coração, em alto apreço; e assim, tudo quanto fosse escrito sem este nome, por mui verídico, elegante e erudito que fosse, não me arrebatava totalmente.

Lindamente mostra que o nome de Jesus, pelo qual nós somos salvos e purificados, é muito maior que bandas, músicas e suas letras.

Fotos por echobase_2000 e MaxGiuliani

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“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós.” (João 8:31-37)

A Bíblia deixa bem claro que a salvação humana não é conseguida pelo despertamento em si, mas pela graça. Como foi dito antes, a verdade deve ser amada primeiro para ser conhecida e que o papel dela é de libertar a alma humana e a prepara para o encontro com a verdade, para que estejamos livres de impedimento para absorve-la.
Vemos o exemplo destes judeus que queriam matar Jesus porque se incomodavam com a verdade. A palavra de Jesus, que é a verdade não estava neles, não era aceita por eles. Se tivessem aceitado a verdade teriam sido libertos do pecado, mas não fizeram isso.

A grande conseqüência do conhecimento da verdade é a prática desta mesma verdade. E a recompensa disso tudo é o conhecimento mais profundo ainda da verdade.
Tudo isso, é um indício da existência de Deus e de sua íntima relação com a verdade, contrariando a opinião de vários pensadores ateus.

“Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. E serei achado de vós…”(Jeremias 29:13-14)

A recompensa de se buscar a Deus é a mesma de se buscar a verdade. A quem o busca Ele oferece mais de si.

A minha conclusão como buscador da verdade é de que, felizmente, a verdade só pode ser encontrada por quem sente um impulso inicial a buscá-la (consciência), paga o preço por isso (renúncia), e se mantém firme mesmo quando a verdade dói (paixão pela verdade). O sensação de encontrar a verdade é a mesma de estar nos braços de Deus. Porque Ele é a verdade.

Em busca da verdade, já foi definida o que ela é. Agora a pergunta é: “De que forma posso encontrar a verdade?

Mesmo as pessoas que viram Jesus frente a frente não creram que ali estava se cumprindo a maior promessa de Deus para a humanidade. Mas outros que tiveram a coragem de aceitar a verdade, se viram cobertos de verdades por todos os lados.
A forma proposta por Sire para encontrarmos a verdade, usando as palavras de Jonh H. Newman, é usando a consciência. Algo dentro de nós que não é nem a razão, nem lógica, nem intuição: a consciência.

Um colega gnóstico me disse certa vez que devemos nos esvaziar de pensamentos e preconceitos para ouvirmos nossa consciência. Eu não concordo porque duvido da minha própria capacidade de esperar essa máquina processadora de sensações e pensamentos que tenho na cabeça diminuir seu ritmo para só então eu ouvir a verdade. (Apesar de não serem incomuns os momentos que penduro o cérebro no porta-chaves para assistir TV). Lendo as palavras de Sire fica claro que essa tal consciência é exatamente o campo de ação do Espírito Santo no ser de uma pessoa.

Logo após usar a consciência, o próximo passo seria a renúncia. Desfazer-se dos pensamentos anti-verdade é pré-requisito para desfrutar da verdade. É a morte do velho homem e o nascimento de um novo homem através da renovação da mente.

Então, usando a consciência, que Sire diz ser a forma de comunicação do homem com Deus, seríamos “descascados” para podermos ficar sensíveis à verdade quando ela chegasse. Ficaríamos sensíveis ao “sopro do Espírito Santo” e nos sentiríamos bem mais confortáveis com a presença da verdade.

Existe uma questão que acredito ser feita inconscientemente a todo momento por todo o mundo: “O que é a verdade?”.

Apesar de às vezes ser usada como argumento furado para certas correntes filosóficas populares, esta pergunta, enquanto questionamento é a mais nobre pergunta que um ser humano pode fazer a si mesmo ou a Deus. Assim nos mostra James W. Sire no livro “Hábitos da Mente”. Ele defende a idéia de que a verdade absoluta existe e pode ser alcançada pelo ser humano.

Por exemplo, de que forma enquanto cristãos, chegamos à conclusão de que aquilo no que cremos é a verdade? Segundo Sire, isso se explica porque a verdade nos acha quando a buscamos de coração, não somos nós que a encontramos.

“… se alguém realmente quer conhecer a verdade sobre Deus, se alguém realmente ama a verdade, então mais do que um vislumbre da verdade virá”.

Mostra ainda como é interessante a conexão entre o amor e a verdade nas palavras de Jesus no evangelho de João.

“… sei, entretanto, que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis.”(João 5:41-42)

Conclui-se assim que a corrupção humana torna extremamente difícil a aceitação da verdade, mesmo que alguém a encontre. Aquelas pessoas a quem Jesus se dirige contemplavam nEle o que elas e seus antepassados esperaram a vida toda, mas preferiam atender suas expectativas, que estavam presas àquele momento histórico de dominação romana. Mesmo buscando um rei magnífico que libertasse o peso que sentiam em suas almas, fixaram suas expectativas em um vaidoso império físico que em breve entraria em decadência.

Muitos viram Jesus morrer e não aceitaram a verdade. Alguns viram Jesus ressuscitado e não aceitaram. E outros ainda morreram sem aceitar.

Edit: leia também a parte Dois!

Dor incomoda! Isto é fato. Milhões, bilhões de dólares são movidos por todo o mundo para remédios para dor. Por todo o globo, muitos médicos estão viciados em xilocaína e outros anestésicos. Dor incomoda, a falta da dor, não.
Mas e quando a dor é algo a ser sentido? E quando a nossa vida precisa ter um espinho cutucando a gente e lembrando que a gente é um nada? Ou lembrando que a gente é um monstro? Isso muda tudo!
As lágrimas são os melhores anestésicos da alma. Muitas vezes a dor é tanta que não funcionam. Outras vezes, elas não devem funcionar. Algumas dores precisam ser sentidas, observadas, fitadas, recapituladas. E assim ela nos moldará. A lágrima é, sim o melhor anestésico, mas não muda nada. A dor faz mudança, a dor dá vida(mesmo que não seja para o que sente), a dor faz a gente saber que a vida não é um sonho.
Sacrífício sempre traz alguma redenção. Sempre.

Um dia a máscara cai, parceiro. E o que você tem preparado, para o que servirá?

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Esses dias eu tava conversando com minha namorada e a gente se perguntou: “Quanto tempo por dia você passa pensando no céu?” Tá bom, tá bom, uma pergunta mais realista: quantas vezes por dia você pensa no céu? Se você for uma pessoa como eu, 0.1428571428571428571 vezes por dia, o significa uma vez por semana(no Domingo). E olhe lá se não é menos!

A gente passa vários dias, semanas ou mesmo meses sem parar pra pensar no que nos espera no futuro. Não é estranho que aquilo que mais devia empolgar a gente é o que a gente pensa por último? Eu mesmo penso no trabalho, na equipe de louvor, na faculdade, no namoro, no meu casamento daqui a alguns anos, na minha velhice, mas no céu, não.

Infelizmente, como já estamos cansado de ouvir dos pastores, nosso dia-a-dia está engolindo nossos pensamentos. E nessa onda a gente vai deixando “a vida me levar” e quando percebe tá se preocupando o dia todo com coisas até importantes, mas não tanto quanto o nosso futuro eterno.

Não é de graça que Paulo nos adverte pra pensarmos “nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;”. Isso é pra gente não se prender e esquecer daquilo que é mais importante: a esperança no Dia do Senhor.

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Pois é, graças a Deus eu estou postando de novo! Consegui manter minha palavra!

Então, depois de uma primeira postagem tão de repente, tenho que me apresentar, né? Eu sou Júlio, sou cristão por convicção e calvinista por predestinação. Moro em Taguatinga, no DF, mas posto geralmente de Brasília, onde trabalho. É pertim!
Minha família é de origem norderstino-mineira, então espere por costumes esquisitos e palavras estranhas.

Sou membro da Segunda Igreja Presbiteriana de Taguatinga, onde congrego desde que era uma sementinha. Minha mãe me ensinou o caminho em que devia andar e lá eu tô até hoje e quero que seja assim até que dê minha última folegada.
Faço parte da equipe de louvor, a Atos de Louvor desde meus 12 anos. Firme e melodicamente parte da minha vida!

Minha namorada é a mulher mais linda desse mundo e reúne tudo que eu admiro na beleza feminina. É esforçada e determinada, estuda pra caramba sua Biblioteconomia e me serve de inspiração constantemente! Desejo um dia formar uma família com ela para poder fazê-la feliz e depois de um tempo termos filhos saudáveis, compassivos com as pessoas e dedicados a Deus.

Enfim, eu sou isso aí e um monte de coisas complexas que eu vou tentar explicar (ou mesmo entender primeiro) todo dia nesse mesmo endereço.

O sentido desse blog é organizar minha cabeça e expressar essas idéias que são tão angustiantes se ficam presas a minha cadeia mental. Dá pra ficar louco se a gente não expressar o que a gente pensa/sente, sabiam?
Também pela influência positivíssima que eu já citei no post anterior.

Então, obrigado pela paciência e volte sempre!

Pra você e pra quem ler isso eu digo/escrevo:

Olá mundo!

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