em série


Inspirado nas reflexões do pastor Perry Noble, das quais tomei conhecimento através do nosso Livreiro preferido, venho aqui fazer minhas reflexões SOBRE Domingo à noite, um pouco diferente das Sunday Night Reflections. Diferente porque, como vêem, não estou publicando reflexões no domingo à noite, mas sim refletindo sobre o dia de ontem.

  • É bom um pastor de fora na nossa igreja de vez em quando. Ainda mais pra quem sempre tem algo pra fazer na igreja e nunca visita outras igrejas.
  • Próximo domingo é aniversário da Mocidade! E tenho sentido que o tão desejado reavivamento dos jovens está começando!
  • O salmo 19 me ensinou que “O temor do Senhor é límpido”. Que palavra expressaria isso melhor do que “límpido”? Davi foi um grande poeta! Que paixão pela vida com Deus!
  • Será que alguém um dia vai conseguir subir no púlpito e ter coragem o bastante para falar sobre sexualidade com todas as palavras? Vejo que até quem se esforça nesse sentido tem dificuldades de se expressar. Os jovens precisam disso, acho que em qualquer lugar, não só nas igrejas.
  • Domingos à tarde com mais de 30 graus Celsius são uma terrível tentação para a preguiça. Perigoso.
  • Porque Domingos parecem ser dias totalmente fora da realidade da semana, com relação à comunhão com Deus? Tudo bem que é o dia que passo mais tempo com Deus, lendo a Bíblia, meditando, louvando, mas parece que Domingo é a cota semanal de Céu que recebemos.

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“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós.” (João 8:31-37)

A Bíblia deixa bem claro que a salvação humana não é conseguida pelo despertamento em si, mas pela graça. Como foi dito antes, a verdade deve ser amada primeiro para ser conhecida e que o papel dela é de libertar a alma humana e a prepara para o encontro com a verdade, para que estejamos livres de impedimento para absorve-la.
Vemos o exemplo destes judeus que queriam matar Jesus porque se incomodavam com a verdade. A palavra de Jesus, que é a verdade não estava neles, não era aceita por eles. Se tivessem aceitado a verdade teriam sido libertos do pecado, mas não fizeram isso.

A grande conseqüência do conhecimento da verdade é a prática desta mesma verdade. E a recompensa disso tudo é o conhecimento mais profundo ainda da verdade.
Tudo isso, é um indício da existência de Deus e de sua íntima relação com a verdade, contrariando a opinião de vários pensadores ateus.

“Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. E serei achado de vós…”(Jeremias 29:13-14)

A recompensa de se buscar a Deus é a mesma de se buscar a verdade. A quem o busca Ele oferece mais de si.

A minha conclusão como buscador da verdade é de que, felizmente, a verdade só pode ser encontrada por quem sente um impulso inicial a buscá-la (consciência), paga o preço por isso (renúncia), e se mantém firme mesmo quando a verdade dói (paixão pela verdade). O sensação de encontrar a verdade é a mesma de estar nos braços de Deus. Porque Ele é a verdade.

Em busca da verdade, já foi definida o que ela é. Agora a pergunta é: “De que forma posso encontrar a verdade?

Mesmo as pessoas que viram Jesus frente a frente não creram que ali estava se cumprindo a maior promessa de Deus para a humanidade. Mas outros que tiveram a coragem de aceitar a verdade, se viram cobertos de verdades por todos os lados.
A forma proposta por Sire para encontrarmos a verdade, usando as palavras de Jonh H. Newman, é usando a consciência. Algo dentro de nós que não é nem a razão, nem lógica, nem intuição: a consciência.

Um colega gnóstico me disse certa vez que devemos nos esvaziar de pensamentos e preconceitos para ouvirmos nossa consciência. Eu não concordo porque duvido da minha própria capacidade de esperar essa máquina processadora de sensações e pensamentos que tenho na cabeça diminuir seu ritmo para só então eu ouvir a verdade. (Apesar de não serem incomuns os momentos que penduro o cérebro no porta-chaves para assistir TV). Lendo as palavras de Sire fica claro que essa tal consciência é exatamente o campo de ação do Espírito Santo no ser de uma pessoa.

Logo após usar a consciência, o próximo passo seria a renúncia. Desfazer-se dos pensamentos anti-verdade é pré-requisito para desfrutar da verdade. É a morte do velho homem e o nascimento de um novo homem através da renovação da mente.

Então, usando a consciência, que Sire diz ser a forma de comunicação do homem com Deus, seríamos “descascados” para podermos ficar sensíveis à verdade quando ela chegasse. Ficaríamos sensíveis ao “sopro do Espírito Santo” e nos sentiríamos bem mais confortáveis com a presença da verdade.

Existe uma questão que acredito ser feita inconscientemente a todo momento por todo o mundo: “O que é a verdade?”.

Apesar de às vezes ser usada como argumento furado para certas correntes filosóficas populares, esta pergunta, enquanto questionamento é a mais nobre pergunta que um ser humano pode fazer a si mesmo ou a Deus. Assim nos mostra James W. Sire no livro “Hábitos da Mente”. Ele defende a idéia de que a verdade absoluta existe e pode ser alcançada pelo ser humano.

Por exemplo, de que forma enquanto cristãos, chegamos à conclusão de que aquilo no que cremos é a verdade? Segundo Sire, isso se explica porque a verdade nos acha quando a buscamos de coração, não somos nós que a encontramos.

“… se alguém realmente quer conhecer a verdade sobre Deus, se alguém realmente ama a verdade, então mais do que um vislumbre da verdade virá”.

Mostra ainda como é interessante a conexão entre o amor e a verdade nas palavras de Jesus no evangelho de João.

“… sei, entretanto, que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis.”(João 5:41-42)

Conclui-se assim que a corrupção humana torna extremamente difícil a aceitação da verdade, mesmo que alguém a encontre. Aquelas pessoas a quem Jesus se dirige contemplavam nEle o que elas e seus antepassados esperaram a vida toda, mas preferiam atender suas expectativas, que estavam presas àquele momento histórico de dominação romana. Mesmo buscando um rei magnífico que libertasse o peso que sentiam em suas almas, fixaram suas expectativas em um vaidoso império físico que em breve entraria em decadência.

Muitos viram Jesus morrer e não aceitaram a verdade. Alguns viram Jesus ressuscitado e não aceitaram. E outros ainda morreram sem aceitar.

Edit: leia também a parte Dois!

Cada geração da humanidade tem seus pontos de dificuldade para seguir a
Palavra de Deus. Olhando para minha própria vida e a vida de outros
jovens cristãos, observei que as coisas que estão faltando na nossa
vida para sermos mais santificados são simples. Essa série de posts
discute quais são esses pontos:

Seriedade/Maturidade: muitas vezes me pergunto como eu consigo ficar com sono exatamente ás 19h20 do Domingo, hora que tá começando a pregação na minha igreja. Cara, eu aguento a aula na semana até as 22h45 às vezes, porque não consigo segurar na igreja? Invento pra me tentar me enganar que aquela é uma hora do dia em que geralmente as pessoas sentem sono, final de tarde e tal. Mas sei que não é bem assim.

Porque eu leio uma passagem da Bíblia e aquilo parece tão superficial, parece que não atende ao que eu estou sentindo no momento? Mas quando o pastor pega pra explicar parece que ele abre o cadeado e a sabedoria divina flui ali. Eu não concordo com a idéia romanista de que a interpretação bíblica cabe só à “Santa Igreja”.

A realidade é que falta seriedade e maturidade para vivermos a vida cristã. Se a gente se preparar pra ir à igreja como faziam nossos pais hebreus ou mesmo como a gente se prepara pra ir à escola, dormindo cedo, fazendo tudo certinho, o sono nem tenha lugar. Talvez se a gente se preparar pro estudo bíblico e para a pregação como se prepara pra uma prova, o conhecimento flua muito mais quando a gente ler a Palavra sozinho.

Não sei se muitos estão enfrentando essa realidade em suas igrejas, mas nas igrejas Presbiterianas que eu conheço, isso é bem comum. Isso é porque a gente é tido como “racionais estudiosos da Palavra”, hein?

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Cada geração da humanidade tem seus pontos de dificuldade para seguir a Palavra de Deus. Olhando para minha própria vida e a vida de outros jovens cristãos, observei que as coisas que estão faltando na nossa vida para sermos mais santificados são simples. Essa série de posts discute quais são esses pontos:

Humildade: nós cristãos não somos definitivamente o modelo de humildade para a humanidade. Alguns de nós influentemente conseguem sê-lo, mas a maioria de nós, o cristão comum traz vergonha pra própria humildade.

O que vocês acham que as pessoas pensam quando associam pastor a pedir dinheiro? Não culpe os pastores da Universal, porque nunca vi pastor de qualquer igreja doar um terno novo que ganhou da congregação para uma pessoa que não tenha nenhuma roupa social.

Quem eu vejo lá, se humilhando, são os santos católicos, são os monges. Quem eu vejo se doando para os outros são os espíritas, os líderes de ONGs, os Ghandis.

Pode-se usar o argumento de que consideramos as idéias de alguns desses que mencionei completamente desviadas da verdade, mas e a igreja primitiva vivendo em total humildade e compartilhando tudo? Não dá mais pra viver assim, ou é preguiça nossa mesmo?

E além disso, a humildade não é só material, é em tudo. Pensa um pouco quantas vezes deixamos de falar com aquela família que mora num barraquinho perto da igreja e usamos a desculpa que “eles saem muito rápido quando termina o culto”.

Humildade = investimento naquilo que realmente tem valor + pensar de baixo para cima.

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Cada geração da humanidade tem seus pontos de dificuldade para seguir a Palavra de Deus. Olhando para minha própria vida e a vida de outros jovens cristãos, observei que as coisas que estão faltando na nossa vida para sermos mais santificados são simples. Essa série de posts discute quais são esses pontos:

Renúncia: o papo é sempre: “Levanta uma nova geração de verdadeiros adoradores, Senhor!” por aí. Mas a verdade é que a nossa geração, além de não estar fazendo muito, está atrasada. Sim, porque além de fazermos o que devemos fazer, levar a Palavra, temos que correr atrás do que nossos pais não conseguiram/puderam/quiseram fazer por Deus. Já nascemos em dívida profética.

Não estou me vendo deixar de pagar o telefone de casa pra sobrar um dinheirinho pra ajudar alguma casa de recuperação de drogados; não me vejo tirando um tempo pra pensar em estratégias evangelísticas; não tenho tirado o traseiro do sofá pra orar mais e assim o cotidiano prevalece.

Eu me pego pensando todo dia: “Como isso aconteceu? O dia passou e eu nem vi!” Isso acontece porque não há aquele gasto (investimento) de tempo em coisas que mudem nossa vida, que façam diferença, a verdadeira vontade de Deus. A vida profissional tira todo o excesso da nossa vida. A gente precisa renunciar um sabadão no parque pra estar na igreja ensaiando pro louvor culto no domingo porque na semana não dá tempo! E como é díficil, quanta desculpa a gente arranja!

E essa renúncia não é nada de teste, ou não devia ser. Por exemplo, marcar o ensaio às 5h da sexta para o sábado não tem nada a ver com renúncia! Cada coisa precisa de sua hora, inclusive o descanso. Só que a gente insiste em não renunciar as coisas que nos impedem de chegar na hora certa na Escola Bíblica Dominical. E ainda acha que tá fazendo muito quando chega na hora certa!

Você acha que já renunciou muito da sua vida social, sentimental, profissional etc.? Então veja só o que Paulo diz:

Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue

E não temos mesmo…

Cada geração da humanidade tem seus pontos de dificuldade para seguir a Palavra de Deus. Olhando para minha própria vida e a vida de outros jovens cristãos, observei que as coisas que estão faltando na nossa vida para sermos mais santificados são simples. Essa série de posts vai discutir quais são esses pontos, começando pelo ponto mais visível e importante:

Compromisso – duma geração na qual foi criado o “ficar” não se espera muito compromisso. De um ano pra cá não se fala tanto mais no ficar, mas isso é porque já é parte da nossa sociedade, o famoso “isso é normal”. O sexo casual já é abertamente apologizado na televisão e na internet. E os motivos são os mais banais possíveis, como “eu tenho livre-arbítrio” ou “preciso conhecer tal pessoa melhor”.

Essa moda, assim como toda tendência contra a boa moral que aparece por aí, com certeza tentará entrar na igreja, e não exatamente da forma que aparece no mundo. A geração do ficar já transparece em vários cargos dentro das igrejas. Mesmo sendo profissionais exemplares, estudantes dedicados, filhos adoráveis, estamos negociando o horário do ensaio do louvor para assistir o treino da fórmula 1. Estamos reduzindo o ensaio do coral pra poder passar daquela fase tão difícil do jogo de tiro em primeira pessoa no computador. A Escola Bíblia Dominical tá quando a gente estudava o ensino médio: em vez de aprender, a gente só consegue lutar contra o sono, “pescando” o tempo todo, isso por causa da maratona de seriados que fizemos sábado a tarde varando até a madrugada.

Tudo, tudo, tudo serve de barreira pra gente não fazer aquilo que a gente sempre promete fazer durante a oração da Santa Ceia. E a cena se repete todo mês, num misto de arrependimento e malandragem com Deus. A gente só consegue enganar a nós mesmos.

O compromisso não coloca a si mesmo como alvo. O compromisso simplesmente faz o que tem que fazer, na hora que tem que ser feito, do jeito que foi combinado. O compromisso é compromisso o tempo todo. Na vida dentro da Igreja e fora também. Nós somos jovens velhos que são facilmente convencidos de que “tem alguma coisa melhor pra fazer agora do que o meu compromisso” e continuamos sentados, sem cumprir o compromisso, nem fazer qualquer outra coisa que pareca importante. E, como sempre, o pecado não só afeta a vida espiritual de todos, mas também a vida física, o cotidiano. E o mundo continua decadente. E a culpa ainda é nossa.

Algumas igrejas continuam enchendo, apesar disso tudo. Mas a palavra correta é “inchando”. Devemos comemorar os milhares de jovens que estão na igreja, mas continuam pegando aquela baladinha na sexta à noite? Devemos culpá-lo ou nos sentirmos culpados pelo irmão que a gente sabe que bebe aquela cervejinha no final de semana? O “tem nadavê” tá relacionado à hora em que costumamos chegar na igreja? Porque me parece que “libera geral, o que importa é minha vida com Deus” que tá rolando aí pelas igrejas me parece ainda menos bíblico que o velho e saudoso “isso é não é coisa de crente, é coisa do diabo!”?

Há muito a se falar sobre o compromisso, mas sei que temos exemplos demais e todos são muito claros. A negociação de verdades bíblicas faz a gente perder a pontualidade, a valorização, a frequência à Igreja e nos coloca alguns passos mais perto da falsa liberdade oferecida pelo mundo.

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