Eu não entendo a nova onda etimológica que nos acomete.

Eu, lá pelos meus 12 ou 13 anos descobri a etimologia prática de algumas palavras, através das aulas de escola dominical de um presbítero pai de um grande amigo meu. “Compromisso “, por exemplo, se separa em “comprar-missão”, literalmente pagar pra ver.

Um dos termos que “etimologizei” durante minha adolescência foi a palavra “preconceito”. Mas é claro! “Pré” e “Conceito”, ou seja, conceito formado antes! Que descoberta! Pré-Conceito! Desde então me culpo pela tal onda etimológica. Tá certo que usar a versão etimologizada de certa forma já explica a origem do termo, mas estão abusando!

Milhares de blogueiros, estudantes e até jornalistas estão usando o termo “pré-conceito” em vez de “preconceito”. Pior ainda é a versão falada disso. Minha nossa! Salvem as palavras que já existem!

Já entendo porque o amigo meu já citado antes me ridicularizou quando usei sem pensar a versão etimologizada de preconceito dizendo: “Virou baiano, é?”

Atualização: vejo algo parecido acontecendo com a palavra “problema”. Até em programas de televisão vejo pessoas usando “pobrema” como gíria. Não tenho nem idéia do que quer dizer essa gíria, mas no cotidiano e na tv já aderiram!

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